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DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES

Doenças Transmitidas por Vetores Biológicos

Desastres Humanos Relacionados com Doenças Transmitidas por Vetores Biológicos.

Os desastres humanos de causas biológicas compreendem as epidemias, os surtos epidêmicos e hiperedêmicos que podem surgir ou intensificar-se, complicando desastres naturais ou humanos e na condição de desastres secundários ou na condição de desastre primário, em função de sua agudização.

De um modo geral, estes desastres relacionam-se com a dificuldade de controle de surtos intensificados de doenças transmissíveis, por parte dos órgãos de saúde publica ou com rupturas do equilíbrio ecológico que tendem a agravar endemias ou a criar condições favoráveis à disseminação de surtos epidêmicos.
Ocorrência
 
Os riscos de desastres biológicos são mais intensos nos paises menos desenvolvidos, com infra-estrutura de saneamento e com serviços de saúde publica deficientes.
 
Por outro lado, quando da ocorrência de surtos, os estratos sociais menos favorecidos são os mais vulneráveis aos mesmos.
 

Classificação

Os desastres humanos de causas biológicas são classificados de acordo com os mecanismos de transmissão.
 

- Doenças transmitidas por vetores biológicos.

- Doenças transmitidas por água e alimentos.
 
- Doenças transmitidas por inalação.
 
- Doenças transmitidas por sangue e por outras secreções orgânicas contaminadas.
 

As doenças infecciosas transmitidas por vetores biológicos são aquelas que dependem da intervenção de um vetor biológico, para serem transmitidas aos seres humanos.

Normalmente, estas patologias são endêmicas e só tem condições de se manifestar naqueles cenários infestados pelo vetor biológico especifico responsável pela transmissão.
 

Dentre as patologias transmitidas pelos vetores biológicos, são consideradas como desastres de importância para o Brasil e para paises africanos, as seguintes:

 
- Dengue
 
- Febre Amarela
 
- Leishmaniose cutânea
 
- Leishmaniose visceral
 
- Malária
 
- Peste
 
- Tripanossomíase Americana
 
- Tripanossomíase Africana (Doença do Sono)
 

 

DENGUE.

O dengue é uma doença infecciosa viral aguda e febril, cujo quadro clinico caracteriza-se por febre elevada, dores intensas e erupções cutâneas.
A febre surge de forma súbita e se mantém por 3 ou 5 dias, podendo excepcionalmente ultrapassar os 7 dias, com ascensão em crise, acompanhada de calafrios e queda em lise, com intensa sudorese. Pode excepcionalmente apresentar quadros febris difásicos, com dois piques febris.
 

Os sintomas dolorosos são muito típicos desta enfermidade conhecida popularmente como “febre quebra ossos”. A dor de cabeça é intensa e localizada atrás das órbitas (cefaléia retro-cular).

As dores musculares (mialgias) e articulares (artralgias) são intensa, exasperantes e quase insofríveis.
 
As erupções cutâneas iniciam-se com vermelhidão da pele (eritema) provocada pela dilatação generalizada dos vasos da derme.
 
Numa segunda fase, o plasma extravasa para o tecido intersticial e produz exotemas, normalmente localizadas na face interna dos braços e das pernas e ainda na região peitoral.
 
Nos últimos dias de infecção, podem surgir pequenos pontos hemorrágicos (petéquias) nos pés, pernas, braços, axilas e no céu da boca (abobada palatina) e derrames hemorrágicos (equimoses) provocados por pequenos traumatismos.
 
Podem ocorrer dilatações dos gânglios linfáticos e os exames de sangue (hemograma), acusam uma queda do numero de leucócitos (leucopenia).
 
A convalescença é tipicamente demorada e acompanhada de sensação de fadiga, moleza, cansaço fácil (astenia), depressão e anemia.
 
As epidemias ocorrem de forma explosiva, com quadros sintomáticos intensos, mas de muito baixa letalidade.
 
O diagnostico especifico é feito em laboratórios de referencia, por intermédio de provas sorológicas especificas e pelo isolamento do vírus.
 
Quadro de Dengue Hemorrágico
 
Nos quadros clínicos de dengue hemorrágicos a letalidade aumenta e caracteriza-se em desastres de grandes proporções, em função, do crescimento do numero de pacientes que necessitam de tratamento em ambiente hospitalar.
 
Na grande maioria das vezes, nestes quadros, alguns organismos que foram sensibilizados por uma infecção anterior desencadeiam formas clinicas extremamente grave ao serem infectados por vírus de outros tipos.
 
Nos quadros de dengue hemorrágico, os sintomas iniciais são os do dengue clássico, mas as manifestações hemorrágicas costumam aparecer a partir do segundo ou terceiro dia, complicando o quadro clinico.
 
Nos casos benignos, estas manifestações hemorrágicas variam entre petéquias, equimoses e hemorragias nasais e gengivais.
 
Nos casos malignos ocorrem grandes hemorragias gastrintestinais, acompanhadas de vômitos escuros com características de “Borra de Café” e de fezes liquidas e escuras “Alcatradas”. 

Quando muito intensas estas hemorragias provocam quadros de “Choque Hemorrágico” que se caracterizam por:

 
- Aumento da freqüência cardíaca.
 

- Queda acentuada da pressão arterial (hipotensão).

 

- Pulso muito rápido e fraco, quase impalpável (pulso fusiforme).

 

- Pele úmida e fria (sudorese e vasoconstricção periféricas).

 

- Lábios e extremidades arroxeadas (cianose) denunciando ineficiente oxigenação dos tecidos.

 
 

Se a hemorragia não for detida e o volume de sangue não for reposto, o quadro de choque pode evoluir para a morte.

 

Reservatórios e Agentes Transmissores

O homem é o reservatório desta doença e alguns mosquitos do gênero Aedes atuam como agentes transmissores desta enfermidade.
 
No Brasil, o principal agente transmissor é o mosquito Aedes egypti e esporadicamente o Aedes albopictus.
 
É importante registrar que no Aedes egypti é um mosquito caseiro e de hábitos domésticos.
 
 

Períodos de Incubação e de Transmissibilidade

 

O homem, depois de picado e infectado, apresenta o quadro de viremia entre 3 e 15 dias e normalmente, torna-se infectante para o mosquito a partir do quarto dia.

Após picar um paciente infectado, o mosquito se torna infectante após o oitavo dia.
 
Não existe transmissão direta de homem para homem, sempre há presença do mosquito na propagação da doença.
 

Medidas de Controle

 

Inicialmente, é necessário monitorizar os vetores e as pessoas infectadas, por intermédio da vigilância epidemiológica, que verifica a densidade dos vetores existentes na localidade e a incidência de casos de dengue suspeitados e confirmados.

Numa segunda fase, há que pesquisar focos de reprodução ou criadouros que correspondem às coleções de água parada (normalmente límpidas) e estabelecer planos com objetivo de eliminar vetores.
 
O passo mais importante é o de mobilizar a população, por meio de campanhas de educação sanitária, para que a mesma participe ativamente da solução do problema.
 
Ainda não existem vacinas nem tratamento especifico para o dengue, mas o tratamento sintomático é recomendado e contribui para reduzir o mal estar e, nos casos de dengue hemorrágico, os riscos de morte, em conseqüência do choque hipovolêmico.
 

É doença de notificação obrigatória nos órgãos oficiais de saúde publica.

É importante registrar que, normalmente, os cemitérios funcionam como os principais focos de criadouros de mosquitos, da mesma forma que os pneus usados e descartados no meio ambiente, facilitando a disseminação do Aedes egypti.
 
Nos grandes depósitos de água potável, a destruição das formas larvares deve ser desenvolvida por larvicida especifico e que sejam inócuos para as pessoas e para os mamíferos e demais vertebrados.
Dentre todas as medidas, as mais efetivas são a destruição dos criadouros e a eliminação dos transmissores ainda na forma lavar e a população é fator fundamental para o combate e erradicação da dengue.
 
 
 
Atuação da Defesa Civil
 

No Brasil já existe uma tradição de participação da Defesa Civil nas campanhas de combate a dengue.

A Defesa Civil desempenha um importante papel na promoção de campanhas educativas, a partir do envolvimento das COMDEC (Coordenadorias Municipais de Defesa Civil) e NUDEC (Núcleos Comunitários de Defesa Civil), mobilização dos órgãos setoriais do SINDEC (Sistema Nacional de Defesa Civil) e de voluntários, para apoiar a ação dos agentes de saúde no combate aos transmissores.
 
É importante que se destaque a importância das Forças Aramadas por ocasião das campanhas.
 

Vejam vocês a abrangência da Defesa Civil em nossa sociedade e como parte importante desta mesma sociedade, nós radioamadores devemos estar atentos, bem informados para melhor entendimento deste assunto e propagarmos estas informações.