*Antonio Néres A humanidade sempre procurou inventar e aperfeiçoar instrumentos e atividades para melhorar sua condição de vida. Ousando constantemente, a tecnologia, durante todo o processo histórico do homem “civilizado”, foi seu principal objetivo. Todavia, deu as costas para aquilo que já nasceu perfeito e do qual depende: o meio ambiente.
Ou seja, empenhamo-nos por uma vida fantástica, mas esquecemos da fantástica vida da natureza. Qualquer atividade depende dos recursos naturais, que são finitos. Não existe agropecuária sem solo, a indústria não produz sem energia, bem como o comércio, os serviços e as demais atividades dependem da água. Estamos cuidando do nosso ambiente para promover justiça e qualidade para as presentes e futuras gerações? Estão aí os inúmeros desastres ambientais, o aumento da lista de espécies em extinção, a concentração e o crescimento da população nas grandes cidades.
A água e a poluição causam doenças que matam de 5 a 6 milhões de pessoas todo ano, 90 mil quilômetros quadrados de florestas foram derrubadas anualmente na década de 90, remanescendo apenas um terço do total das matas nativas na Terra.
No Brasil, mas de 90% da Mata Atlântica foi dizimada. A desertificação já atinge 33% da superfície terrestre; 2,4 bilhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico, que ainda é precário. No país, quase 70% das internações hospitalares decorrem de doenças hídricas, vitimando mais de 50 mil pessoas por dia. Os resíduos sólidos só aumentam, e o clima se altera por toda parte.
Por outro lado, muitos avanços têm sido alcançados. Há empresas que não poluem, desencadeando um processo que todos os materiais e substâncias gerados e utilizados sejam reintegrados ao ciclo de produção. A conscientização melhora e o poder público, em alguns casos, esforça-se em formular e aplicar políticas ambientais. Todavia, o processo de degradação é muito mais acelerado que o de proteção.
Até quando suportaremos? É necessário buscar novos paradigmas para atingirmos um desenvolvimento sustentável. Façamos pois, uma reflexão sobre o assunto e entender que nossa luta deve ser não para sobreviver, mas para viver neste planeta.
A expansão das terras cultivadas e o crescimento das cidades têm levado à destruição das florestas naturais. O mundo perde, todo ano, enormes extensões de florestas tropicais. As matas são derrubadas, prejudicando o solo e causando poluição atmosférica.
Lamentavelmente, a triste constatação é que pouco ou quase nada, tem sido feito pelas organizações governamentais para, objetivamente coibir ações nocivas ao Meio Ambiente. É através da educação e da informação que o povo adquire condições de participar efetivamente da sociedade de modo consciente, crítico e criativo, para exercer sua inteligência.
Se continuarmos agredindo a natureza, estaremos desencadeando e acelerando um processo de autodestruição. Correremos sérios riscos de catástrofes apocalípticas,causadas pela poluição e outras formas de agressôes ao meio ambiente, que são determinantes para o esgotamento de todas as fontes de energia e outros importantes recursos naturais. E, aí será praticamente impossível a manutenção de vidas em nosso planeta. Vamos deixar chegar a tal ponto? A tarefa é de todos nós.
Nós sul-mato-grossenses somos privilegiados com o fantástico e exuberante pantanl, santuário ecológico do mundo, temos Bonito com suas fantásticas belezas naturais, citando apenas esses dois exemplos, mas temos outros tantos.
Mas e a nossa consciência ecológica como está? Temos conversado com os filhos sobre o tema? Temos estimulado o debate sobre o assunto nas empresas e nas igrejas? E os meios de comunicação tem tem levado a questão a sério? Que na SEMANA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, possamos fazer uma reflexão sobre a nossa responsabilidade perante o planeta em que vivemos e quais as contribuições efetivas que estamos dando, para que as gerações futuras possam desfrutar de tantas belezas e, sobretudo de um planeta em condições mínimas de viver.
QUAL FUTURO ESTAMOS CONSTRUINDO PARA NÓS E NOSSOS FILHOS